Dilma Roussef fez na noite de ontem, 10, seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão como presidente do Brasil. O foco escolhido para o discurso de mais de cinco minutos foi a Educação, aproveitando a abertura do ano escolar. O pronunciamento foi marcado por promessas de políticas públicas para a área.
A presidente anunciou, ainda para o primeiro semestre, o lançamento do Programa Nacional de Acesso a Escola Técnica (Pronatec), que deverá funcionar de forma similar ao Programa Universidade Para Todos (Prouni), que oferece bolsas parciais e integrais em cursos de graduação de instituições particulares. Anúncio que gerou críticas do candidato do PSDB derrotado por Dilma nas últimas eleições presidenciais. Segundo José Serra, no Twitter, a ideia de dar bolsas para pagar a anuidade do ensino técnico é dele e teria sido criticada pela petista durante a campanha eleitoral.
Outros pontos abordados durante o discurso foram a promessa da cobertura de todas as escolas públicas pelo Plano Nacional de Banda Larga, em busca de promover a inclusão digital; a correção das falhas recorrentes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu); e a valorização do professor. Contudo, a presidente não deixou claro quais ações serão realizadas nesses sentidos.
PNE
Em seu blog, o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara criticou o fato de Dilma não ter se lembrado, em seu pronunciamento, de citar o Plano Nacional de Educação (PNE) 2011/2020, cujo projeto de lei tramita no Congresso Nacional e é visto, por quem está envolvido com a área, como ponto de grande importância para a Educação no país. "Foi uma falha grave, que pode significar, no mínimo, a baixa relevância dada ao PNE pelo Governo Federal", opinou o coordenador.
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